domingo, 16 de novembro de 2008

A ARCA DA ALIANÇA


O que aconteceu com a Arca da Aliança?

Você pergunta sobre a Arca da Aliança que foi construida no deserto, no tempo do êxodo, por ordem de Deus e do seu servo Moisés. Esta arca era o que havia de mais sagrado para os judeus.

Do tempo de Moisés até os dias de Davi a arca ficou de lugar em lugar sempre abençoando aqueles que tinham para com ela a devida reverância. Davi a trouxe para Jerusalém e confiou a seu filho Salomão a construção de um templo que deveria abrigá-la no lugar santíssimo, como no templo do deserto.


Quando foi inaugurado o templo de Salomão, 480 anos após o Êxodo (I Reis 6:1), mais “nada havia na arca senão as duas tábuas de pedra” (I Reis 8:9). Provavelmente, o maná e o cajado de Arão, que antes eram ali guardados, foram retirados da arca em algum momento turbulento da história da Israel como, por exemplo, durante o domínio dos filisteus (ver I Sam. 4:1-11).

A arca da aliança aparece pela última vez nas Escrituras no tempo da celebração da Páscoa pelo rei Josias, que começou seu governo em 640 a. C. (II Crôn. 35:3).

Jeremias, que viveu no tempo de Josias, profetizou o seguinte sobre a arca: “não mais será invocada”, não “virá à mente” dos israelitas, nem “sentirão falta” dela e “não se fará outra” igual (Jer. 3:16). Ela não é mencionada entre os objetos sagrados levados pelos babilônicos quando estes saquearam o templo (ver II Reis 25:13-17), nem entre os utensílios sagrados que foram restituídos por Ciro (ver Esd. 1:7-11).

A ausência da arca, no segundo templo, demonstrava a sua inferioridade em relação ao templo de Salomão (ver Esd. 3:12 e 13; Ageu 2:3). Tácito, historiador romano, afirma que quando o general Pompeu entrou no lugar santíssimo, em 165 a. C., o encontrou vazio.

Um registro histórico de cerca de 150 a. C., que baseia-se em fontes ainda mais antigas, contém informações úteis a respeito desta assunto. O autor afirma que, no tempo em que Nabucodonosor invadiu Jerusalém (cerca de 587 a.C.), o profeta Jeremias, guiado por Deus, desejou guardar a salvo a “arca” e o “tabernáculo”. Então, “descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o altar dos perfumes [ou de incenso]; em seguida, tapou a entrada”. No entanto, “alguns daqueles que o haviam acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo”. Jeremias lhes repreendeu e disse que aquele “lugar ficaria desconhecido” a partir de então (Segundo Livro de Macabeus capítulo 2, versículos 4 a 7). Este registro é confirmado por diversas fontes históricas daquela ápoca.

Antes da destruição do templo, “entre os justos que ainda restavam em Jerusalém, a quem tinha sido tornado claro o propósito divino, alguns havia que se determinaram colocar além do alcance das mãos cruéis a sagrada arca que continha as tábuas de pedra sobre a qual haviam sido traçados os preceitos do decálogo. Isto eles fizeram. Com lamento e tristeza esconderam a arca numa caverna, onde devia ficar oculta do povo de Israel e de Judá por causa de seus pecados, não mais sendo-lhes restituída. Esta sagrada arca ainda está oculta. Jamais foi perturbada desde que foi escondida” (Profetas e Reis, pág. 453).

Por estas e outras razões, cremos que a arca foi guardada secretamente em alguma carverna próxima a Jerusalém. Algo semelhante ocorreu com os Manuscritos do Mar Morto, que permaneceram ocultos por cerca de 2 mil anos, vindo a ser descobertos na década de 1940.

Agradecemos por nos enviar sua dúvida e desejamos que Deus o abençoe.